quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Adeus Baby...


Adeus Baby...
Vou sentir saudade pura,
Tua,
Sempre tua, agora, aprendendo a ser única
Foi bom ser o teu melhor amor
Jura que assim fui
Nua
Vago pelos corredores da casa vazia
De mim mesma.

Adeus Baby...
Sorry,
Mas a taça secou para nós
Lamento,
Que o vinho não seja o barato
O qual embalava as noites de inverno
Sinta,
O último gole de Bordeaux

Adeus Baby
Quando o inverno chegar
Estaremos acompanhados da nossa
Solidão,
Vou guardar o meu novo segredo,
Só para mim
O seu você vai espalhar
Para novas ilusões

Adeus Baby
Aprenda a dar gargalhadas
Madrugada a fora
Sozinho
Planos, prantos e pausa...
Sozinhos
Os dois, assim a vagar

Adeus Baby
O próximo inverno será um
Buraco negro para duas crianças
Cruas
Nuas
Sorry
Mas vou dizer
Adeus baby...

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Eu te amo, e você... Será?

Peço chuva na virada do ano... como aquela noite

Será que um dia vou sentar naquele banco contigo?

Vamos dançar na chuva vestidos de branco...

Como se houvesse somente nós dois e a lua.

Será que vai sorrir para mim como da primeira vez?

Poderei vê-lo novamente em um novo ano qualquer?

Vestida de branco sentei sozinha esperando...

Não chegou, nem choveu...

Apenas o barulho dos fogos de artifício,

A sua voz ecoa dentro do meu peito

365 dias por ano, tento reinventar meus dias,

Mais um Réveillon sem notícias.

Sei que errei. Você errou...

Mas eu te amei. Você me amou...

Eu te amo, e você?

Será?
(Texto Lu Port-aux)


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal!



Independente do consumismo desenfreado do Natal. A data trás consigo uma energia de solidariedade e sensibilidade.

Desejo que neste natal o espírito natalino possa invadir o interior do homem, provocar mudanças definitivas. A violência dê lugar à paz, que possamos olhar, para todos como irmãos. A caridade seja uma constante.

Não creio apenas em um dogma religioso, em apenas uma versão de Deus. Eu creio em energias, num universo extenso de conceitos que leva a um ponto comum a fé na vida. Em criaturas com o propósito de transmitir o amor, fé e solidariedade.Jesus, Gandhi, Chico Xavier, irmã Dulce e tantos outros espíritos de luz, que passam pela terra trazendo consigo um lampejo de luz.


Frase irmã Dulce: "A beleza está nas pessoas, nas plantas, nos bichos, em todas as coisas de Deus. É mais intensa ainda nos olhos de quem consegue ver, acima da simplicidade, a beleza com que ele criou cada pequeno detalhe da vida. "


Feliz Natal! Feliz Vida! Feliz amor ao próximo!


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Agressora de animais em maré de sorte

Confesso não ter sido uma surpresa O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) não ter cassado o registro da enfermeira, que torturou até matar um indefeso cão.


Não concordo com linchamento moral e muito menos físico. Mas a falta de punição legalista, acaba embutindo na população uma revolta extrema, podendo gerar conseqüências desastrosas.

Precisamos discutir mais seriamente o valor da vida humana e o respeito à vida animal, sem sermos taxados de demagogos.

Dizem que o nos difere dos animais é nossa capacidade de raciocínio. Vejo que estamos carentes de usar mais a nossa intuição e ter uma mínima capacidade de se colocar na posição dos outros.

Já perceberam quantas vezes ouvimos em noticiários a respeito de crimes bárbaros, e sempre utilizam o termo psicopata?

Então vamos ver se eu entendi: vivemos em uma sociedade constituída por psicopatas?

Ou além dessas anormalidades mentais, existe uma total falta de humanidade? Uma sociedade desprovida bom senso e amor ao próximo?

O crime que essa mulher cometeu parece irrisório perto de tantas outras tragédias. Vamos supor que a agressora até o momento fosse uma profissional competente, sem nenhuma mácula em seu passado, mas ela é uma profissional da saúde, uma cuidadora de pessoas fragilizadas por enfermidades. A enfermagem é sem dúvida uma profissão, para quem pratica diariamente a doação e dedicação.

Ela disse que o bichinho dava muito trabalho, era um dia ruim. Sendo uma enfermeira, quem pode garantir, que em um próximo dia ruim: um idoso, ou uma criança possa dar muito trabalho?

O que essa mulher fará?Eu não posso ter certeza, você não pode ter certeza...

Não se trata de apedrejamento moral, e sim cobrar leis mais justas as vítimas. Sejam elas homens, mulheres, idosos, crianças e animais.

Nota oficial do Coren-GO divulgada na imprensa.

“O Coren Goiás lamenta a tamanha brutalidade praticada contra animal recentemente veiculado pelos meios de comunicação e, assim como todos, espera que o caso seja investigado pelo órgão competente e que se chegue à verdade do fato. Independente de qual seja a profissão, acreditamos que os atos de violência praticados por cidadãos comuns contra animais é degradante e deve ser apurado e aplicado as penalidades cabíveis de acordo com a lei própria. Entretanto, o campo de atuação de investigação e qualquer tipo de punição por parte do Coren Goiás estão estritamente ligados a infração cometida no exercício profissional.”

Enfim... é isso aí. Como dizia o incrível Cazuza:

Brasil!

Mostra a tua cara

Quero ver quem paga

Pra gente ficar assim

Brasil!

Ps: Não faça justiça com as próprias mãos, isso o torna um agressor.Vamos cobrar providências legais e leis mais justas.
Para quem é de fora do Brasil, desconhece o assunto citado acima, é só procurar reportagens, vídeo sobre a enfermeira que matou um cão de raça yorkshire.

Não coloco detalhes porque é um conteúdo muito pesado e triste.

PAZ! JUSTIÇA! RESPEITO! COMPAIXÃO!
PARA TODOS NÓS.





sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A fúria da "Fera Humana"


Hoje fiquei triste o dia todo, chorei feito uma criança tola. Jamais postaria o vídeo a causa da minha tristeza. Confesso. A morte de um simples cãozinho vítima da crueldade de alguém stressada, me faz chorar, ter medo, desacreditar. No mínimo deveria perder a guarda do filho, para que ele também não seja espancado até a morte em uma nova crise de stress. Ou no mínimo não permitir, que esta criança torne-se um monstro como sua mãe. PAZ é o meu único desejo!


(Prefiro essa imagem acima - Lu Port-aux)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O Tempo

O Tempo


A vida passa lenta pras bandas de cá,

O tempo passou e a menina ficou.

Sonhos foram desfeitos, outros já são avistados,

A menina perdida entre poemas

Ainda sonha....

Busca no passado quem não esqueceu...

O amor está dentro de ti

Pessoas morrem o amor não!

O tempo parou, enquanto pôs os pés na estrada

Pras bandas de lá o inverno persiste.

Pras bandas de cá o sol bate no rosto da menina

Teimosa...

Teima em viver, acreditar, poetar...

Ama o tempo, a chuva, o vento e o mar...


(Dedico à menina que vive em mim – meu aniversário)


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Caipirinha em cubos


Para apreciadores de caipirinha essa é uma boa dica.


Experimente decorar o prato com cubinhos, a sua receita com peixe, carneiro ou carne vermelha.

Também fica ótimo como aperitivo. Outra opção é salpicar açúcar na hora de servir com sorvete e brownie.

Com certeza você irá receber elogios pela criatividade saborosa e brasileiríssima.

Para seis porções utilize uma tigela de vidro, coloque dois envelopes de gelatina em pó, sem cor e sem sabor (24 g), 1/2 xícara de água gelada e 3/4 de açúcar. Misture bem e deixe descansar por cinco minutos.

Aqueça em banho-maria até a gelatina derreter, ou para facilitar a nossa vida por 40 segundos no microondas. (Verificar se derreteu bem)

Desligue o fogo ou tire do microondas e acrescente 1 xícara de suco de limão siciliano. Misture bem, reserve, quando estiver em temperatura ambiente, junte 1/2 xícara de cachaça de boa procedência.(o segredo de um bom resultado)

PS: pode utilizar outro tipo de limão.

Coloque em uma forma rasa, deixe na geladeira no mínimo oito horas. Corte em cubinhos a sua caipirinha.

Quer dar um toque de sabor e sofisticação?Salpique For de Sal na hora de servir. Para quem não sabe do que se trata: http://pt.wikipedia.org/wiki/Flor_de_Sal

Lembre-se de consumir com moderação, pois possui  teor alcoólico, ok.




A Outra


A mulher guarda uma deusa

Dentro do ventre

A outra indomável

Duas metades iguais, mas distintas

O sonho e a realidade

O desejo e a virtude

A outra precisa sair e girar

Gira, gira, gira

Enquanto a mulher arde em febre

A outra não para de girar

A virtude adormece enquanto o desejo consome

Em chamas ardentes

A mulher canta pra subir

O desejo adormece a virtude retoma o seu lugar.

(Texto: Lu Port-aux)

sábado, 3 de dezembro de 2011

A Louca na chuva











A louca
Mania de falar sozinha
Perdida a devaneios tolos...
Passeia na chuva quando está triste,
Dança na chuva quando está feliz.
Aguarda atrás da vidraça, aquele que não volta.
A louca chuva não passa...
As pessoas sim.
Entre passos largos, tristes e tolos.
O que permanece é imutável...
A chuva e a louca.







sábado, 24 de setembro de 2011

A bailarina

Entre demi-pliés e Sissones
A bailarina transpira a inspiração.
Faz da dor a sua companhia, dos passos
A sua verdade...
A bailarina sonha. Entre passés e arabesques
Attitude, a perfeita pirueta.
As curvas do seu corpo esculpido pelo esforço
Continuo do gesto,
Transpassa como uma lança aos espectadores
O seu rosto permanece plácido.
Entre passos, unem-se o amor e a dor.
En avant, en arrière, à la second.
Desloca no ar, belo cisne!
Battement...
Faz da dor a sua companhia,
No esforço continuo do gesto
A sua verdade.
Encanta entre passos e gestos contínuos.
En avant, en arrière, à la second.
A bailarina.

(Poema de Lu Port-aux)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sou isso...


Sou isso...
Em poucas palavras,
Um doce de pimenta.
Como brisa
Beijo a sua nuca, arrepio...
Ou posso ser...
Um soco na boca do estômago.
Não faço rodeios.
Tenho os braços abertos
Sou crua, pura...
Para poucos,
Amiga pedra firme
Para quem me fere...
Sou apenas pedra.
(Poema de Lu Port-aux)

sábado, 3 de setembro de 2011

Todo Artista












Todo artista trás consigo a melancolia.
Um Traço tênue de dor,
Carrega no peito
O legado da saudade.
Um bocadinho de amor
Por tudo e por nada...

Percebe o mundo diferente.
Abusa das suas dores, seus amores
Apurada inspiração!
Faz do limão, a limonada,
Do dia, a observação,
À noite, a inquietude da criação.

Se não é feliz,
A tristeza se faz contente.
Necessita do belo de cada dia,
A insônia é sua companhia
Emociona os desavisados
Busca aplausos no vazio...

Todo artista é colorista.
Imprime cor e brilho a cada ato,
Encanta a todos com cantos raros,
Brinca com palavras rasgadas
Esculpe a vida, repleta de formas e graça.
(Poema Lu Port-aux)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A diferença entre homens e mulheres


A complexa, mas não menos prazerosa relação entre homens e mulheres. O foco não é exaltar “teses” sobre o feminismo ou machismo.
Conflitos à parte. No final das contas, o melhor é vivenciá-los com leveza.
Exemplos de como um homem e uma mulher terminam uma relação por e-mail.

Mulher
Bebê,
Resolvi enviar por e-mail, porque não tive coragem de fazer este breve desabafo pessoalmente. Tenho certeza que ficaríamos por horas, debatendo o assunto sem chegar a uma conclusão razoável.
Sou muito objetiva, então tentarei ser breve. Espero que pelo menos dessa vez você não durma enquanto, lê, ou jogue no Spam.
Estamos juntos a trinta e quatro meses, dez dias e três horas. Já faz algum tempo que o nosso relacionamento não está correspondendo às expectativas. A chama apagou, fiz o que pude para resgatar o seu interesse por mim. Mas foi em vão, tudo é mais importante, do que estar ao meu lado.
Quando não são os serões do trabalho, vem mais trabalho para casa. O chope com os amigos, a pelada dos fins de semana, sem falar sobre os campeonatos de futebol. Libertadores, paulista, brasileirão e nem sei quantos mais.
Uma total falta de consideração. Já esqueci quantas vezes preparei aquele jantarzinho especial. Você aparece horas depois dizendo, que deu uma passadinha na sua “querida mamãe”. E jantou por lá.
Qual foi a última vez que fui elogiada por você? Eu não me recordo. Quando pergunto se gostou da minha produção, lá vem a resposta: Você está sempre lindona!
Detesto essa expressão “lindona”.
Provavelmente deve estar pensando: Como esta mulher é exagerada!
Será? Vamos lá. Semana passada, fiz um corte desconexo nos cabelos, progressiva marroquina; luzes, loiro claro acinzentado, com uma nuance dourada; banho de lua; pés e mãos. Fiquei o dia todo no salão de beleza sendo cutucada, esticada para chegar a casa e ver você deitado no sofá assistindo “Discovery channel”.
Nem um comentário sobre o meu visual. Isso dói sabia? Muito mais que depilação à cera.
Vive reclamando que demoro demais para me arrumar, da calcinha pendurada no registro do chuveiro, até dos frascos de shampoo e condicionador, que reservo para reciclagem. Mas eu preciso aturar aqueles pêlos nojentos por todo lado, na pia do banheiro, então, que nojo!Toalha molhada jogada em cima da cama.
Vive reclamando que sofre muita pressão no trabalho e precisa chegar a casa e relaxar. Beleza!Eu também trabalho o dia todo, quando chego a casa, tenho que providenciar o jantar lavar os “mil copos” deixados na pia ou pelos cantos da casa. Além dos outros rastros do “senhor encrenca” pelo caminho.
Além de tudo preciso estar linda, cheirosa e descontraída.
Todo esse desgaste poderia ser minimizado, se houvesse um pouco mais de colaboração de vossa parte.
Conclusão!Não te amo mais!Quero dizer... amo muito menos do que antes.Mas você é o único culpado.
Preciso de um tempo. Quem sabe? Num futuro próximo possamos retomar a nossa relação, mas por hora acabou!
Não insista, por favor, aceite a minha decisão e não mais me procure. Claro se estiver muito mal, pode ligar.Mas como amigos, viu?
Não quero o seu mal. Espero que você encontre alguém legal. Tente ser um companheiro melhor na próxima.
Seja feliz!Vamos aguardar as surpresas do destino.

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Homem
Querida!Tenho duas notícias, uma boa e outra ruim.
A boa é que fui promovido no trabalho. Yes!
A ruim. Fui transferido para Ucrânia. Não quero alugá-la por tanto tempo, você é demais.
Lindona! Fui...

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No texto acima: ''Qualquer semelhança é mera coincidência''
(Texto: Lu Port-aux)



terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Poesia


A poesia é a melodia d'alma, os primeiros acordes são lentos, e vão tomando forma até obter uma explosão dos sentidos. A partir daí, o poeta não é mais o maestro, mas parte de um amontoado de palavras soltas.
Esse emaranhado de idéias compõe a vida. Uma nova ótica, sobre um mundo vasto de sensibilidade poética.
O poeta não tem mais o controle de sua criação, a obra pertence a cada “Ser”, atingido por um turbilhão de emoções.
A Ligação entre o poeta e o leitor é uma melodia transcendental. Entre versos repletos de rima, sonetos, poetrix, trovas e rondeis. Arrebatados, somos todos poetas.
(Pensamentos Lu-Port-aux)
Créditos fotos: Mulher lendo no topo da escada, 1920 - Bettmann

domingo, 28 de agosto de 2011

Confesso!


Confesso!
Que sou a fera triste
Escondida na alegria dos dias.
Confesso!
Sou presa no passado amarrotado
Entre as paginas amareladas.
Confesso!
Não me apego pelo medo da despedida
A dor latente do adeus.
Confesso!
Sou rude por defesa, empunho a lança
Escondo-me rugindo.
Confesso!
Sou criança, que tem medo do escuro
Corro para os seus braços.
Confesso!
Choro de baixo do chuveiro
Grito por dentro ferida.
Confesso!
Guardo um amor mal-acabado,
Junto aos sonhos desfeitos em éter.
Confesso!
Sou cria de Iansã,
Que vence no mal tempo.
Confesso!
Tenho medo de crescer, medo de assumir
O risco do fracasso.
Confesso!
Sou presa dentro de mim mesma
Aprisionada e aflita.
Confesso!
Guardo segredos inconfessáveis
Na gaveta corroída por traça.
Confesso!
Um medo quase bobo do amanhã
O pedido de socorro fica preso na garganta.
Confesso!
Preciso de mãos estendidas sem julgamentos,
Apenas o silêncio.
Confesso!
Não sou perfeita, as peças não se encaixam
Diante do espelho.
Confesso!
Sou gata, sou bicho, arranho
A sua vontade...
(Poema de Lu Port-aux)


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Nua


Nua sob a luz da lua
Percorro o labirinto sinuoso
Mistério...
Crua, percorro com os pés descalços
A Lua cheia aponta o caminho
Mistura de odores e cores
Sou sua musa...
A moça de sorriso franco
Vou à busca do seu peito.
Forte...
A razão é feita de mão única.
Sou sua musa. Lua nua e crua. Sou sua!
(Poema de Luciana Port-aux)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sou bicho com medo de gente


Sou bicho com medo de gente
Bichano de olhos languidos a espreita do homem
Medo de gente que mente contente
Invade os sonhos mais caros
Matadores, ladrões, corruptos
Rastejam perante a ambição descabida
Sou bicho valente...
Enfrento a besta fera do homem
Matador da natureza e do seu próprio semelhante
Sou bicho... Sou gente descrente
Preparo o bote e arranho a sua ira
Prefiro a mata, os bichos, à relva
Ante a selva de pedra dos homens cabaças
Bicho! Espante aos pobres de espírito
Que a Mãe Natureza purifique a nossa terra
A minha alma selvagem anseia...
A humanidade não deveria crescer,
Um mundo governado por crianças e bichos
O ódio, guerra, intolerância
Dê lugar ao lúdico, guloseimas e brincadeiras
Sou bicho, sou criança contente
Entre devaneios do mundo ideal
Bichano de olhos languidos a espreita do homem
Sonhando com uma terra de paz.
(Poema dedicado a Amelie e Onassis)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Divulguem, professor desaparecido


EZIO DA SILVA GUEDES

COR BRANCA, TEM 37 ANOS

Desapareceu dia 30/03 ao sair da escola.Professor de inglês, mora sozinho na
avenida Paulista. Constataram o desaparecimento, porque o diretor da escola ligou para a familia em busca de informações, devido a ausência no trabalho.A familia foi ao apartamento onde ele mora, há 13 dias ninguém o viu mais por lá.
O celular cai na caixa postal.

Qualquer informação, entrem em contato com os números abaixo.Por favor evitem trotes.

OI 11 6720.6822(Isa)
TIM 11 8304.6406(Isa)
VIVO:11 9717.6922(Leslie)

Vamos repassar essa mensagem, uma forma de ajudar a família.Obrigada

sexta-feira, 18 de março de 2011

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Não enfie as unhas na minha maçã!



Uma bela tarde de verão sentada na varanda, avistando o horizonte, uma sinfonia suave de pássaros, cigarras e crianças, longe paulicéia desvairada, enfim um tempo para relaxar. Busco uma maçã, fruto vermelho, suculento. Preparo-me para primeira mordida quando em fração de segundos reparo um sinal de unha na fruta.
A magia do momento é interrompida drasticamente, um rasgo no formato de unha, mas de quem poderia ser?Como não percebi no hipermercado, fui atrás de outra maçã na geladeira, pelo menos quadro unidades estavam com sinais de unha.
Voltei indignada para a varanda, e fiquei observando-a entre as mãos. De quem seriam aquelas marcas de unha? Minha imaginação busca o autor daquela violação.
Poderia ser uma mulher ou um homem, aí vem o temido questionamento. Quais seriam os hábitos de higiene dessa criatura? A fruta tinha sido higienizada quando chegou das compras, mas marcas profundas permanecem ali.
Quem já não passou por uma situação semelhante?Vocês já observaram, nas quitandas ou gôndolas de hipermercados? As pessoas parecem ter olhos nas mãos, esmagam as frutas ou legumes, apertam com os dedos ou enfiam as unhas sem piedade.
Já vi essa cena centenas de vezes, senhoras esmagando tomates, enquanto outras vítimas recolhem-nos e levam uma mercadoria lesada para casa.
Concordo com os caros leitores, a minha intransigência com algo aparentemente simples é um exagero. Amigos é necessário apertar, unhar para saber se o alimento está em boas condições? Nós mesmos somos obrigados a consumir esse mesmo alimento maltratado.
Volta às compras, caros leitores. Assisti diversas vezes, atônica, pessoas esmagando frutos, e também iniciando a compra por alimentos perecíveis como carnes, frios e até mesmo sorvete. Para depois pegar os grãos , enlatados etc.Horas e horas vagando pelos corredores, enquanto seus produtos vão deteriorando, ficando expostos as bactérias.
Daí essa figura chega a sua casa vai preparar a carne, odor e aparência desagradável, reclama que o lugar vende carne estragada; o filho toma o iogurte e tem uma infecção intestinal e a culpa é do fabricante.
Vamos para o pior caso, é quando pessoas recolhem todos esses produtos perecíveis, ficam passeando por horas e depois desistem da compra. Daí vem um funcionário do estabelecimento e vai recolocando cada coisa em seu lugar.
Você um cidadão consciente, pega aquela mercadoria já comprometida, pelo erro de pessoas sem bom senso e leva inocentemente para o seu lar.
Essas mesmas criaturas de “unhas enormes” e hábitos questionáveis, quando saem do Brasil para visitar outro país são maltratadas lá fora, humilhadas. Julgam-se vítimas, descriminadas por outras culturas.
Experimente enfiar a unha na maçã no exterior. Fique vagando horas no hipermercado e deixando mercadorias para trás, ou então furando fila; estacionando em vaga especial, responderá pelos seus atos.
Para essa grande nação, falta apenas mais educação, civilidade e igualdade de condições. Mas “friso”, em muitas das atitudes citadas aqui, não são cometidas por pessoas mais humildes, que temem cometer algo errado, e sim por pessoas com um bom nível intelectual e financeiro, então posso concluir que é apenas falta de civilidade e bom senso.
Mas para que tanto samba, para poucos foliões?Estamos no Brasil, onde tudo o que se planta dá. Já dizia Gonçalves Dias na Canção do Exílio:
“Minha terra tem palmeiras onde cantam os sabiás
“As terras que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá.”
Mesmo assim. Não enfie as unhas na minha maçã!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ser bom é sinal de fraqueza? Filosofando com meus botões...



Filosofando com meus botões, tenho pensado muito no assunto. Um tempo atrás li uma frase qual desconheço o autor: “Ser bom é ser fraco, os maus são fortes e não se acovardam”.
Independente de ideologias religiosas ou estigmas de moral, isso reflete a nossa sociedade atual.
Pertenço a uma geração imediatista, mediante aos avanços tecnológicos e a uma cultura descartável, onde o hoje já é passado. Qualquer pessoa pode transmitir informações sem conteúdo e preparo, até mesmo o jornalismo ficou banalizado deixando de fora a obrigatoriedade de uma formação acadêmica.
Vamos com calma não estou diminuindo nenhuma forma de expressão, não sou formada em jornalismo e pertenço a essa geração de forma cronológica. Estou, digamos, deslocada neste contexto; porque tenho muito interesse no passado; sempre tive o habito da leitura; e o gosto por toda manifestação artística.
O passado reflete tudo o que foi construído através do tempo na história tanto para o bem, como para o mal. Certamente até mesmo influencia esses novos conceitos da atualidade, visto que nossos pais foram de uma forma geral receberam uma educação mais repressora e com a sensação de opressão, afrouxando as rédeas com seus futuros filhos, dando-nos asas.
O excesso sempre é prejudicial ao homem tanto para o bem, quanto para o mal. O preconceito, opressão, falta de liberdade são altamente prejudiciais ao desenvolvimento de nossas capacidades intelectuais e sociais. Mas a outra face da moeda também pode ser traiçoeira, anestesia moral e latente procurando de todas as formas, alterar a realidade, impedindo que conheçam a frustração, que os limites e que toda ação gera uma reação.
Há pouco tempo, fui a um shopping e fiquei observando o comportamento de pais e filhos, um garotinho de 4 ou 5 anos, estava a principio convencendo a sua mãe da importância de ganhar um celular. A discussão sobre o assunto foi ficando acalorada,o garotinho até então, com uma argumentação bem consistente para a sua idade cronológica.Joga-se contra ao chão, esperneia ao berros, a mãe constrangida compra o celular a uma criança de no máximo 5 anos de idade.
Mais tarde no mesmo dia vejo em um noticiário, o caso de um jovem rapaz, que pega o seu carro super irado e atira contra outro jovem, Não bastasse isso sai sem prestar socorro, parado por policias negocia propina. Para o azar do jovem o outro não é um pobre coitado, e a noticia alastra-se vertiginosamente, sem ter como fugir do fato, com ajuda dos pais, que não estavam na hora do fato, mas estão a postos a aparar as arestas dos filhos que não podem ser submetidos a nenhuma dor moral.
Quando vi junto aos seus não estava ali um homem que possui carro irado, abusa da velocidade e atropela o semelhante, mas sim o menino do shopping que ganha o seu celular após uma crise manhosa. Em nosso país é um fato que as leis não são para serem cumpridas e sim discutidas. Ser esperto é burlar a lei, o radar, a fila do banco, sonegar imposto, trapacear, mentir, enganar. Jovens da classe média alta na marginalidade, hoje a marginalidade não está mais atrelada a classe social, ou a as necessidades extremas, a desigualdade social.
Confesso que também fui uma criança temperamental, mas meus pais procuravam passar conceitos como: Da mesma forma que eu tenho vontades, direitos, os meus semelhantes também os têm; O que dói em mim dói no outro. Recordo de uma passagem da minha infância, tinha uns 8 anos briguei com minha mãe por motivos tolos, fiquei chateada e disse vou embora daqui, ela respondeu no calor dos fatos: então vá.
Eu arrumei uma mochila, com poucas roupinhas, o meu palhacinho Caetano, um sanduíche com pasta de amendoim e uma fanta uva. Aproveite uma distração da minha babá, e sai porta a fora.
Andei, andei, cheguei até um ponto onde podia avistar a rodovia, olhei para trás e pensei em meu irmãozinho, no papai que escovava meus cabelos toda noite, em minha mãe que era severa, mas lia para mim, contava histórias, levava para as atividades de caridade.
Pensei naquelas crianças, as quais minha mãe dava as minhas roupinhas já apertadas e gastas e brinquedos esquecidos e resolvi voltar para o meu lar.
Mas estava tão cansada, sentei na guia da calçada. Num certo momento meu tio pára o carro e corre em minha direção. Chegando a casa vi nos rostos dos meus pais as lágrimas e um alívio, um abraço apertado, depois minha mãe, mandou tomar banho para jantar e de castigo por uma semana sem TV e um mês sem doces.
Reclamei baixinho, hoje percebo que a vontade dos meus pais naquele momento era cobrir-me de carinho, doces, dariam a própria vida por mim, mas o momento era fazer-me refletir sobre os meus atos.
Errei muitas vezes, acertei poucas, sou boa e não me acovardo ao mal tempo. O bem é a luz que brota das boas ações, isso não é sinal de fraqueza e sim de humanidade, o mal cada vez que é praticado escurece o nosso ser, nos faz homens feitos de cabaça e nos arremete o caos. Não quero impor uma verdade absoluta, estou apenas filosofando com meus botões.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Embriagada de Luz


Espalho retratos pelo chão de estrelas
Mergulho no rio das palavras rasgadas
Brado xingamentos confusos na ira
Recobro o equilíbrio na corda bamba
Inspiro luz
A vida espalhada pelo chão de estrelas
Gritando palavras rasgadas
Aparando as arestas dos retratos difusos
Dos brados confusos da ira
A vida na corda bamba, embriagada de luz.
(poema de Luciana Port-aux)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Minha quadra de ases está próxima...


O ano começou e alguns planos julgados como certo, agora escapam entre os dedos como areia fina. Um sensação de desconforto misturada com alívio invade as idéias tortas preenchidas em folhas de papel reciclado.
Inexplicável! As linhas estavam bem distribuídas, o texto bem formatado com idéias inovadoras e um requinte de detalhes. Hoje a visão do mesmo projeto é o desdém, a insegurança invade cada estrofe, o discurso soa vulgar e até mesmo surreal.
Os planos do ano anterior a pouco transformados em éter, o passado guardado na gaveta com desvelo se faz empoeirado, cansado e por muitos esquecidos.
Lágrimas de insatisfação insistem em brotar a alma temerosa frente ao acaso. Julgava ser possível buscar naquela velha história uma continuação sem sofrer interferências externas.
As portas aparentemente acolhedoras fecham-se todas ao mesmo tempo em frente aos meus sonhos mais caros. Os rostos sorridentes, agora são pedra e ao tocá-las viram pó.
Os caminhos até então verdes de chão batido, agora é tortuoso, cheio de armadilhas. A vida tornou-se um grande tabuleiro de xadrez, e as peças representam cada pessoa antes julgada amiga.
O ano novo revela detalhes de um castelo de cartas, que ao qualquer movimento desmorona, espalhando valetes, reis de espadas, damas de ouro, rainha de copas. O jogo mudou repentinamente, melhor recolher as peças do tabuleiro.
Esse momento preciso guardar a menina no peito, encarar os desafios da realidade bruta e aprender a blefar, usar o raciocínio lógico, não demonstrar meus sentimentos, calcular reações e gestos. Pelo menos durante a batalha de uma concorrência inflexível, burra e temerosa de sua própria falta de capacidade. Trocar o rosa pela a armadura de Jorge, defender-me com seu escudo e atacar com maestria o coração feito de cabaça dos rostos de pedra.
Lavar na fonte da vida o meu espírito de toda amargura e medo, rasgar as folhas de papel reciclado e queimá-las na fogueira das vaidades.
Momento de colocar novas folhas em branco na mesa e buscar no alívio do princípio a sensação do novo desafio, usar da experiência adquirida na queda para fincar a minha bandeira.
Minha quadra de ases está próxima, abram as cortinas para o novo espetáculo, o ano novo já chegou e em breve ficará velho como meus sonhos desfeitos em éter.
(Autoria: phLuciana Porto