terça-feira, 10 de maio de 2011

Sou bicho com medo de gente


Sou bicho com medo de gente
Bichano de olhos languidos a espreita do homem
Medo de gente que mente contente
Invade os sonhos mais caros
Matadores, ladrões, corruptos
Rastejam perante a ambição descabida
Sou bicho valente...
Enfrento a besta fera do homem
Matador da natureza e do seu próprio semelhante
Sou bicho... Sou gente descrente
Preparo o bote e arranho a sua ira
Prefiro a mata, os bichos, à relva
Ante a selva de pedra dos homens cabaças
Bicho! Espante aos pobres de espírito
Que a Mãe Natureza purifique a nossa terra
A minha alma selvagem anseia...
A humanidade não deveria crescer,
Um mundo governado por crianças e bichos
O ódio, guerra, intolerância
Dê lugar ao lúdico, guloseimas e brincadeiras
Sou bicho, sou criança contente
Entre devaneios do mundo ideal
Bichano de olhos languidos a espreita do homem
Sonhando com uma terra de paz.
(Poema dedicado a Amelie e Onassis)