terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Poesia


A poesia é a melodia d'alma, os primeiros acordes são lentos, e vão tomando forma até obter uma explosão dos sentidos. A partir daí, o poeta não é mais o maestro, mas parte de um amontoado de palavras soltas.
Esse emaranhado de idéias compõe a vida. Uma nova ótica, sobre um mundo vasto de sensibilidade poética.
O poeta não tem mais o controle de sua criação, a obra pertence a cada “Ser”, atingido por um turbilhão de emoções.
A Ligação entre o poeta e o leitor é uma melodia transcendental. Entre versos repletos de rima, sonetos, poetrix, trovas e rondeis. Arrebatados, somos todos poetas.
(Pensamentos Lu-Port-aux)
Créditos fotos: Mulher lendo no topo da escada, 1920 - Bettmann

domingo, 28 de agosto de 2011

Confesso!


Confesso!
Que sou a fera triste
Escondida na alegria dos dias.
Confesso!
Sou presa no passado amarrotado
Entre as paginas amareladas.
Confesso!
Não me apego pelo medo da despedida
A dor latente do adeus.
Confesso!
Sou rude por defesa, empunho a lança
Escondo-me rugindo.
Confesso!
Sou criança, que tem medo do escuro
Corro para os seus braços.
Confesso!
Choro de baixo do chuveiro
Grito por dentro ferida.
Confesso!
Guardo um amor mal-acabado,
Junto aos sonhos desfeitos em éter.
Confesso!
Sou cria de Iansã,
Que vence no mal tempo.
Confesso!
Tenho medo de crescer, medo de assumir
O risco do fracasso.
Confesso!
Sou presa dentro de mim mesma
Aprisionada e aflita.
Confesso!
Guardo segredos inconfessáveis
Na gaveta corroída por traça.
Confesso!
Um medo quase bobo do amanhã
O pedido de socorro fica preso na garganta.
Confesso!
Preciso de mãos estendidas sem julgamentos,
Apenas o silêncio.
Confesso!
Não sou perfeita, as peças não se encaixam
Diante do espelho.
Confesso!
Sou gata, sou bicho, arranho
A sua vontade...
(Poema de Lu Port-aux)


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Nua


Nua sob a luz da lua
Percorro o labirinto sinuoso
Mistério...
Crua, percorro com os pés descalços
A Lua cheia aponta o caminho
Mistura de odores e cores
Sou sua musa...
A moça de sorriso franco
Vou à busca do seu peito.
Forte...
A razão é feita de mão única.
Sou sua musa. Lua nua e crua. Sou sua!
(Poema de Luciana Port-aux)