sábado, 31 de março de 2012

O Palhaço e a Bailarina


Foi assim numa manhã qualquer
De um dia sem importância
Entre tantos outros dias tolos
Despidos de qualquer pudor



Fomos apresentados ao inesperado
As máscaras transformadas em pó
Não se sabe qual o momento do estalo
Veio a surpresa do sorriso largo



Dos rostos ressabiados. Confusos...
Espanto!Melodias surgiram como apoio
Pesamentos insólitos,
Planos diversos, sonhos abstratos



Revelam-se reais diante de duas crianças
O medo sede espaço diante a
Um universo de possibilidades
O encantamento tira os pés cansados do chão



Só há um caminho a entrega total e absoluta
Deixar a cabeça leve e o coração cativo
Diante do acaso traiçoeiro da afeição
Do desejo descabido uma vontade latente



De se entregar perdidamente...
A fé solúvel. Entre dois seres crus
Sucumbidos pela chama seguem assim
Entre traços precisos e poemas soltos...



Somos um! Iguais... Colados...
Sem saber bem ao certo onde um começa
E o outro termina. Alquimia perfeita!
O palhaço e a bailarina na corda bamba.



(texto Lu Pot-aux)



Para o palhaço de sua bailarina...



(créditos: Alvaro Barbosa - fotografias)



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