quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Blues, whisky e poesia nas noites quentes de Havana
As horas passam lentas nas noites quentes de Havana
O quarto quase vazio sob a luz da lua e do pequeno abajour
Meus dedos percorrem o teclado procurando inspiração
Blues, whisky e poesia
O suor salgado começa a escorregar da minha nuca
Odor de incenso de mel mesclado ao meu cheiro de rosas
Albert King abafado pelos latidos dos cães na rua vazia
Blues, whisky e poesia
Abro bem as cortinas e encosto no parapeito
Uma viagem ao tempo entre casas coloniais e cadillacs
Um casal bêbado percorre a calçada dançando uma salsa imaginária
Blues, whisky e poesia
Sou beijada pelas noites quentes de Havana
O hálito da noite provoca um torpor,
Com um leve odor de charuto cubano e mojito
Blues, whisky e poesia
O negro da noite toca minha pele branca e enxuga o meu suor
Sopra ao pé do ouvido segredos raros de La Habana Vieja
Solta meus cabelos de sol e beija a minha boca pequena
Blues, whisky e poesia
Danço para a lua, com a boca molhada de whisky
Não estou mais sozinha na noite vazia
A poesia está ali, solta, percorrendo o quarto colonial
Blues, whisky e poesia
Ela fala de paixão, odores, sabores e canções
Os segredos raros de La Habana Vieja
Casais embriagados de poesia nas noites quentes de Havana
Blues, whisky e poesia( Texto Lu Port-aux)
Foto Arquivo Pessoal: Projeto En Cena Abajour.
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