segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A Outra


A mulher guarda uma deusa

Dentro do ventre

A outra indomável

Duas metades iguais, mas distintas

O sonho e a realidade

O desejo e a virtude

A outra precisa sair e girar

Gira, gira, gira

Enquanto a mulher arde em febre

A outra não para de girar

A virtude adormece enquanto o desejo consome

Em chamas ardentes

A mulher canta pra subir

O desejo adormece a virtude retoma o seu lugar.

(Texto: Lu Port-aux)

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